(ao avô, mestre e poeta Geraldo Vidigal)
Cala-te, Musa:não há quem te ouça.
Cala, Cidade:
tua voz nada diz.
Calai-vos, Arcadas!
Quem ousa tanger
a lira partida
do Predestinado,
do Mestre Aprendiz?
Cala-te, Musa.
Imploro-te: cala.
É inútil teu pranto,
de nada nos vale.
De que te adianta?
Cala-te, é tarde:
teu vate descansa.