Quando se conheceram, ficaram os dois meio abestalhados. Num sábado à noite, num bar cheio. À meia noite estourou o transformador do quarteirão e sentaram-se juntos e conversaram tanto e tão bem que nem perceberam quando a luz voltou. Era dia claro quando saíram de lá, sob insistentes pedidos do gerente.
Tiveram um relacionamento estranho, meio platônico. Email, messenger. Encontravam-se às vezes no fim da tarde para tomar vinho em algum bar onde ninguém os conhecesse — a situação não era, digamos, propícia. Depois de algum tempo ela pôs um ponto final naquela história.
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Voltaram a se encontrar uns seis meses depois, agora um pouco menos platônicos. Mas, de novo, havia dificuldades, ainda que outras. E foi ele quem, dessa vez, achou motivo para por um ponto final.
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Foram sete anos entre o segundo ponto final e o segundo reencontro. Que nada teve de platônico. E foram dois meses entre o segundo reencontro e o terceiro ponto final.
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Os dois ao mesmo tempo querem e temem que os pontos finais tenham virado reticências.
21 de mai. de 2009
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