Na beira da estrada, mulher de todos, sempre sozinha.
O perfume barato mal cobre a cachaça,
o suor e a fumaça de diesel e gasolina,
o cheiro de borracha de pneu e camisinha.
Parada em parada,
boleia em boleia,
a puta de estrada
tonteia, chapada
de pinga, cansaço e rebite.
A queda, o tropeço
da mulher usada e triste
na beira da estrada:
seu último beijo,
um Volvo seis eixos,
tara de dez toneladas
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2 comentários:
Muito bem colocado, Allan. Ótimo poema!
Beijo.
rsrsrs
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