Se é uma
costela que devo,
Aqui a tens.
É tua.
Dou por
liquidada a fatura.
Não basta a
costela?
Não será o
suficiente?
Leva duas.
Leva, também,
Este rádio,
esta fíbula,
A mandíbula,
os dentes.
Leva-me todo
o esqueleto.
Que cada
osso se aguçe,
Vire lâmina,
estilete,
Rompa a
carne macia,
A pele
sutil, e perfure
Seu caminho até a
saída.
Leva contigo
essa ossada,
Tudo que há em
mim de rígido e duro.
Tens duzentos
e seis ossos aqui:
Agora há de
ser o bastante
Para quitar o
principal e os juros
E, se
houver, multa de mora
Desse
empréstimo que nunca pedi.
Um comentário:
Muito bom! Gostei do trabalho.
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