Ela era uma dessas pessoas que parecem fazer parar o mundo quando aparecem. Sabe essas borboletas azuis e grandes que tem na mata e que saem do meio das árvores e fazem todo o mundo ficar quieto, olhando, embasbacado? Ela era assim. Feita de brilho. Leve. Estonteante. De uma beleza tão completa que permite usar a palavra sublime, por mais cafona que seja, porque quando se justifica, quando é a única palavra possível, deixa de ser cafona para ser precisa. E a palavra é esta. Ela era sublime.
Mas a borboleta começou a perdeu a cor e a vontade de voar. Pousou em um canto qualquer e fez casulo.
Quando saiu, era só mais uma lagarta como qualquer outra.
19 de fev. de 2009
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