11 de jan. de 2010

Niilismo de botequim

Não é qu’eu ‘tava no barzinho
bebendo quieto, sossegado,
quando, pra minha surpresa,
sem sequer pedir licença,
chega Deus e senta à mesa?
E, não bastasse o descaso
com a minha descrença,
‘inda matou minha cerveja.

E eu, “Porra, Eheieh, que saco!
Isso é coisa que se faça?
Quer beber, vá lá que seja,
mas pelo menos pede outra taça!”

Ele deu um sorriso maroto,
roubou meu bolinho de bacalhau,
levantou e disse, “Sê besta, garoto.
Vai esquentar a cabeça com isto?
Foi só um golinho e, afinal,
que importa? Eu não existo!”

4 comentários:

Flá Perez (BláBlá) disse...

bela resposta Dele!
qq vc tava bebendo? tbm quero¹!
esse tá ótimo!
bjbjbj

Lúcia Gönczy disse...

Amém!

patrícia disse...

Olá!!! Não te conheço (pessoalmente), mas ja vi que como eu gosta de sarau...rsrs... e (como eu sonho um dia pra mim) é fera, na arte de escrever!!! esse teu texto de niilismo, é óoooooottteeeeemmmooo!!! adorei!

Allan Vidigal disse...

Hehe.