Se pensas que não tens fuga ou saída,
permite que meus versos te encorajem.
Escuta quem já fez essa viagem,
retoma já as rédeas da tua vida.
Reclamas da existência de criado,
mas dela não escapas por temor.
Tu és o teu senhor e o teu feitor:
és tu quem te mantém escravizado
Preferes a anonímia da manada
a erguer tua cabeça em desafio.
Por como te conduzes te avalio:
ao ser mais um apenas, tu és nada.
Tamanho é teu pavor de andar sozinho
que renovas teus grilhões a cada dia:
se pensas, atrevido, em alforria,
castigas-te a ti mesmo em pelourinho
A algema que te impões te faz covarde.
Acorda, Zé ninguém, que já é tarde!
Te afasta do rebanho de que és parte,
ou pasta em servidão até o abate.
9 de jul. de 2010
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Um comentário:
Poxa, eu gostei muito mesmo desta. Já me vi pensando em tal coisa. Gostei de como construiu o cenário do início ao fim.
Sorrio para ti :)
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