No escuro do quarto,
depois da partida,
tardia e bem-vinda,
do demônio incandescente
que me rasga ao meio a mente,
me oculto e resguardo.
Na casa vazia,
as cortinas me defendem
do sol que queima as retinas.
A bile agre-amarga:
legado da overdose de aspirina,
desse sacramento químico
– exorcismo, salvação –
em que busco alento, alívio,
em vão.
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