24 de jun. de 2009

Poema de amor?

Se eu quero um amor?
Quero, sim, por quê não?
Mas não me venha com esses
de bichinhos de pelúcia,
vinhos caros e bombons.
Quero amor caco de vidro.
De ressaca de bourbon.

Não um amorzinho belo,
amor flores e arco-íris,
serenatas, violinos.
Se vier amor, que seja
concertina, amor tormenta,
tatuagens, overdrive.

Muito menos um amor
com flechinha de cupido.
Seja um amor violento,
um amor bala perdida,
um amor ponto cinquenta,
um amor roleta russa.

E nem me venha com essa
de amor de coração.
Um amor só me interessa
se for desses que se sente
como um soco no estômago
e, de resto, tão sutil
quanto um bom chute no saco.

3 comentários:

Flá Perez (BláBlá) disse...

Yeahhh!

Allan Vidigal disse...

Hehehe... citando o Língua de Trapo, "Os Metaleiros Também Amam".

Giovani Iemini disse...

eita.
eu não.
tô fora dessa venacidade.
quero paz.