31 de ago. de 2010

Cala

(ao avô, mestre e poeta Geraldo Vidigal)
Cala-te, Musa:
não há quem te ouça.
Cala, Cidade:
tua voz nada diz.
Calai-vos, Arcadas!
Quem ousa tanger
a lira partida
do Predestinado,
do Mestre Aprendiz?

Cala-te, Musa.
Imploro-te: cala.
É inútil teu pranto,
de nada nos vale.
De que te adianta?
Cala-te, é tarde:
teu vate descansa.

5 comentários:

Cecilia Ferreira disse...

Não cale nunca, que coisa linda!
Bj

Lilly Vidigal disse...

linda homenagem. me emocionei de novo

Anônimo disse...

Já " beijei" Betty. E faço isso contigo, mano, lendo isso aqui, e entendendo o tamanho dessa força.

Luz pra vcs...


Edu Perrone

Anônimo disse...

Já " beijei" Betty. E faço isso contigo, mano, lendo isso aqui, e entendendo o tamanho dessa força.

Luz pra vcs...


Edu Perrone

HAMILTON BRITO... disse...

Veja aqui na prática a teoria enunciada naquela lição de bem escrever textos, sobreduto poemas: o perfeito uso dos pronomes....parabéns.